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Acidentes na construção causaram 9 mortes




O número de acidentes na construção civil em 2010 superou a quantidade de notificações do ano anterior. Foram sete vítimas fatais, seis mortes somente em Teresina - três ocorridas em acidente de percurso, dois por desabamento de laje, um por descarga elétrica. Além destes, houve dezoito acidentes de pequenas proporções. 70% deles provocados durante o trajeto ao trabalho - bicicleta ou moto. O acidente fora do âmbito da capital aconteceu no município de Palmeiras por soterramento de terra. Em 2009, o Sitricon (Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil), registrou cinco acidentes com vítimas fatais.
 
Esses números são os re-gistrados pelo Sitricom, porém, o sindicato tem abrangência somente em alguns municípios do Piauí. Por isso, ele não con-tabilizou as duas mortes ocorridas em dezembro de 2010, no município de Paulistana, durante a obra de construção da ferrovia Transnordestina. Somando-se estes dois acidentes sobe para nove o número de mortes em acidentes na construção civil. Esta semana dois trabalhadores morreram quando realizavam trabalhos na rede elétrica. Porém, estes acidentes não estão ligados à construção civil.
 
O aumento pode ser explicado, de acordo com Raimundo Ibipaina, presidente do Stricon, pelo acréscimo de obras que o Estado concentrou em 2010, principalmente nos empreendimentos de condomínios residenciais e conjuntos habitacionais de responsabilidade federal através do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
 
E este ano as obras não vão parar. Recursos para o PAC 2 já estão garantidos e devem empregar mais pessoas no Piauí. Entretanto, a falta de mão-de-obra qualificada no Estado é um grande entrave para as novas construções "o que vem ocasionando a exploração dos trabalhadores que terminam por ocupar funções que não dizem respeito a sua área de atuação", revelou Ibiapina.
 
Existem duas modalidades de acidentes. São eles: os Acidentes Normais - provocados pela falta do uso de equipamentos de segurança por parte do trabalhador EPI (Equipamento de Proteção Individual) causados tanto por negligencia da empresa responsável pela obra, que não orienta seus trabalhadores sobre a importância do EPI quanto pela falta de conscientização do empregado que, por conta própria, prefere não usar os utensílios. A outra modalidade refere-se aos Acidentes de Trajeto. Aqui, o acidente acontece durante o percurso do trabalhador para o trabalho e vice-versa. Este acidente ocorre devido ao uso de bicicletas como meio de locomoção do trabalhador para a empresa. A ocorrência se dá porque as empresas não fornecem o vale transporte ao trabalhador, que se vê forçado a usar transporte alternativo para se dirigir diariamente ao serviço.
 
A maioria dos casos de acidentes de trabalho no Piauí- segundo os últimos dados da delegacia regional do Ministério do Trabalho- se concentra na construção civil. Em dez anos de auxílio aos trabalhadores o Grupo de Aconselha-mento em Acidente do Trabalho- GRAAT, o Ministério registrou que 43,72% dos acidentes acontecem nas obras de construção. Em seguida estão os acidentes notificados na área de serviços (15,03%), indústria (8,24%), comércio (5,66%) e outros (27,35%).

fonte: diário do povo

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