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Internet dez vezes mais rápida chega ao Piauí



Essa lei do mercado nunca falhou: com a concorrência, quem ganha sempre é o consumidor. Mais uma prova disso pode ser comprovada pelos internautas piauienses usuários da banda larga da Velox/Oi, empresa que aumentou, recentemente, a velocidade máxima de conexão no Piauí.

Desde novembro do ano passado, a Velox subiu a velocidade de 1 MB (por segundo) para 10 MB (por segundo). Embora oficialmente a empresa negue, a mudança para 10 MB (já disponível em outros estados do Brasil há vários anos), ocorreu logo depois que se soube que a Embratel, concorrente da Oi, iria entrar no mercado na banda larga no Piauí.

Oficialmente, a Embratel ainda não lançou o serviço no Estado para consumidores residenciais (até agora, somente tem o serviço para empresas), mas já está instalando em Teresina os cabos que permitirão a internet rápida (até 12 MB), para o usuário comum. A tecnologia utilizada será a rede HFC (Híbrida Fibra-coaxial), a mesma que já foi lançada pela Embratel, em outras cidades brasileiras, como Belém (PA) e Osasco (SP), nos últimos dois meses. Segundo os técnicos que estão instalando a rede, a primeira região a ser beneficiada será o Centro da cidade e depois, a zona leste.

A chegada da Embratel animou os usuários da internet em Teresina, especialmente os que utilizam a rede mundial para trabalhar. É o caso do estudante de Ciências da Computação Thiago Silva, que faz manutenção de computadores. “Espero que aqui, com a concorrência, melhore. Em Fortaleza (CE), a internet é super rápida e de alta qualidade, porque existem três empresas concorrentes: GVT, Embratel e Oi/Velox. “, diz o estudante.

Thiago Silva é usuário da banda larga há seis anos em Teresina e reclama que o serviço, oferecido apenas por uma única empresa (Oi/Velox) é de péssima qualidade. “Pelo menos duas vezes por mês, a internet cai em toda a cidade. Além disso, em alguns horários, a velocidade diminui bastante, ficando bem abaixo da que é contratada”, conta. O técnico de informática enfatiza ainda que sua operadora tem um limite de 40 GB de download. “Quando a gente atinge esse número, a velocidade cai para 300 Kbps. É terrível”, comenta.

Lucas Novaes, também estudante de Ciências da Computação e técnico em Informática, acredita que o serviço da Embratel deverá ser melhor do que o da Oi, já que a empresa trabalhará com fibra óptica, com capacidade de velocidade maior e menos suscetível a interferências. “De todas as tecnologias existentes para se usar internet banda larga, a fibra óptica é a melhor, pois a ‘largura’ da banda permite mais transmissão de dados do que as outras formas”, explica o especialista.

Os tipos de conexão com a internet banda larga mais comuns são a linha telefônica convencional, a fibra óptica e a rede sem fio. “Tanto a rede sem fio e a linha telefônica convencional são limitadas devido às suas respectivas larguras de banda. Aqui em Teresina, são usadas a rede 3G (rede sem fio), internet à rádio (transmitidas por ondas de rádio) e a linha telefônica convencional (usada pela Oi/Velox)”, comenta Lucas Novaes.

“Os serviços de internet utilizando fibra óptica é um diferencial, pois o material que a fibra é produzida possui uma largura de banda muito alta. Por isso provedores com fibra óptica são mais baratos e com super velocidades”, frisa o estudante de Computação.

Em Belém, Oi aumentou velocidade após chegada da Embratel

A chegada da Embratel mexeu com a concorrência também em outros estados. Segundo reportagem do Jornal Diario Online, de Belém (PA), logo após a instalação da Embratel na cidade, em novembro do ano passado, a Oi Velox, que já operava o serviço na região, começou a ligar para alguns de seus clientes para oferecer novos planos de banda larga, com velocidades superiores às que existiam (1 MB, semelhante à que existia também emTeresina).


Assim, em Teresina, a Oi/Velox passou a oferecer, desde novembro (quando se soube que a Embratel entraria nesse mercado), planos de 1MB, 2MB, 4MB e 10 MB, com preços que variam de R$ 69,90 a R$ 159,90 por mês, fora a assinatura da linha telefônica. A Embratel vai oferecer os planos de 1 MB, 3MB, 6MB e 12 MB, mas até agora não se sabe se terá obrigatoriedade de ter linha telefônica. Os preços da Embratel ainda não foram divulgados, mas deverão ser os mesmos praticados em Belém. Os da Oi estão no site da empresa.

Em alguns estados onde a Embratel instalou banda larga, estão sendo oferecidas velocidades maiores do que as que estarão disponíveis em Teresina. Em Osasco (SP), a empresa começou a vender em dezembro pacotes para os clientes residenciais com Internet de 1MB, 5MB, 10MB e 20MB a partir de R$ 29,80.

Também em Osasco há promoções especiais, como a aquisição do pacote com outras mídias (Banda Larga, TV por Assinatura e telefonia), que dá desconto no valor da banda larga a partir de 5MB de velocidade. Se a velocidade contratada for 5MB, o valor da banda larga cai de R$ 79,90 para R$ 49,90, se for 10MB cai de R$ 119,90 para R$ 69,90 e 20MB sai de R$ 279,90 por R$ 99,90. Todas essas informações constam no próprio site da Embratel.

A reportagem de O DIA tentou entrar em contato com a Embratel, mas não obteve retorno. Já a Oi informou, através de sua assessoria de imprensa, que estuda constantemente a expansão do serviço Oi Velox, sempre de acordo com critérios técnicos e de mercado, mas não antecipa suas estratégias comerciais.

Internet no Brasil é cara e lenta, diz Instituto de Defesa do Consumidor

Apesar da boa notícia que chegou para os piauienses, com a internet dez vezes mais rápida, o Estado ainda vai ficar para trás se comparado com outras unidades da federação. Há empresas que oferecem velocidades de até 100 MB em outras regiões do Brasil e, no mundo, podem chegar a até 1 GB, como em Hong Kong, na China.


Cada vez mais popular, a internet é considerada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) como um serviço essencial. Mas, no Brasil, segundo pesquisa realizada pelo instituto, a internet é lenta, cara e restrita a uma minoria.

O levantamento do Idec, divulgado em julho do ano passado, revelou que, para ter banda larga em casa, o brasileiro paga em média U$S 28, valor que chega a 4,58% da renda per capita no país. Nos Estados Unidos o valor é de apenas 0,5% da renda per capita dos americanos, e na França é de 1,02%. A culpa, segundo o Idec, é da concorrência quase inexistente.

Além disso, o instituto afirmou que as empresas prestadoras oferecem planos distintos em cada uma das cidades pesquisadas e que os preços podem variar muito. Disse ainda que os consumidores não são informados de forma adequada sobre o serviço ofertado; e que os contratos apresentam cláusulas abusivas.

“Nós queríamos buscar evidências que comprovassem que o atual cenário do serviço de banda larga no Brasil precisa mudar, tanto na esfera normativa quanto na fiscalizatória. Essa mudança é necessária para que todas as pessoas, independentemente da condição socioeconômica ou da localidade, tenham acesso a um serviço de banda larga de qualidade e em harmonia com a lei consumerista”, justifica Estela Guerrini, advogada do Idec responsável pela pesquisa.

Mas apesar de pagar caro, o consumidor brasileiro não recebe um bom serviço. Segundo levantamento recente realizado pela empresa norte-americana Akamai, a velocidade de tráfego da internet brasileira é uma das mais lentas do mundo. A pesquisa mostra que a velocidade média da web no País é de 1.085 Kbps (quilobits por segundo ou 1 MB), 93% menor que a velocidade média da Coreia do Sul, líder do ranking. Além disso, 20% das conexões no país têm velocidade inferior a 256 Kbps, o que nem de longe se aproxima da velocidade mínima estabelecida pela União Internacional de Telecomunicações (UIT) – algo entre 1,5 e 2 MB.

Para efeito de comparação, com a velocidade de 1 MB, um arquivo de filme (que possui tamanho de 1,2 GB) é baixado em 2h e 10 minutos no computador. Com a velocidade de 100 MB, média da Coréia do Sul e do Japão, o mesmo filme é baixado em pouco mais de um minuto.

Plano de expansão da banda larga no Brasil está atrasado

Em maio do ano passado, o Governo Federal lançou o Plano Nacional da Banda Larga (PNBL), com objetivo universalizar a internet rápida no país. A meta era triplicar, até 2014, o acesso à banda larga em todo o Brasil, disponibilizando o serviço dos atuais 11,9 milhões de domicílios para quase 40 milhões de domicílios. Ainda em 2010, o plano deveria ser iniciado em 100 cidades, mas a falta de tempo hábil para assinar os contratos com os fornecedores adiou o programa para abril de 2011.


O PNBL prevê que o custo da tarifa deve ser de R$ 15, para o plano com incentivos, com velocidade de até 512 Kbps (quilobits por segundo ou 0,5 MB) e com limitação de downloads e de R$ 35 para o plano comum, com velocidade entre 512 e 784 Kbps. Atualmente o brasileiro paga em média R$ 50 pela banda larga com velocidade de 256 Kbps.

A Telebrás, empresa do Governo Federal responsável pelo PNBL, terá R$ 589 milhões para conectar 1.173 cidades à grande rede, a um custo previsto de R$ 35 para o cidadão. Apesar da Telebrás ser a gestora do sistema, o governo quer que empresas privadas atuem de forma complementar, levando o serviço ao usuário final.

Atualmente apenas 21% dos domicílios, ou 5.3 a cada 100 brasileiros, possuem acesso ao serviço de banda larga. No Piauí, segundo a pesquisa mais recente do IBGE, apenas 20% da população utiliza a internet (banda larga e discada), número igual ao do Maranhão e superior ao de Alagoas (17%).

Velocidades máximas da Internet (para consumidor residencial)

No Piauí (até outubro de 2010) – 1 Mbps
No Piauí (desde novembro de 2010) – 10 Mbps
No Piauí (com a Embratel, sem previsão) – 12 Mbps
No Brasil – 100 Mbps


Velocidades médias da Internet banda larga

Brasil – 1 Mbps
Finlândia – 1,08 Mbps
México – 1,5 Mbps
EUA – 9,6 Mbps
Portugal – 15,5 Mbps
França – 51 Mbps
Coreia do Sul – 80,8 Mbps
Japão – 92,8 Mbps

Fonte: OCDE.CGI.br

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