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Área plantada do Cerrado do Piauí cresce 60% ao ano

 
Entre 2000 e 2009, a área plantada do Piauí cresceu 593%, contra a média nacional de 59%. Detalhe: o preço da terra ainda é considerado uma pechincha na região, apesar da demanda elevada. Ainda é pouco diante das grandes potências nacionais, como Mato Grosso e Goiás. Mas o agronegócio apenas começou a engatinhar no Piauí. Segundo cálculos dos produtores, só 12% do potencial do Estado - calculado em 3 milhões de hectares - foi explorado, a maioria com soja.
 Enquanto no sul do País um hectare custa em torno de R$ 10 mil, no Piauí não passa de R$ 2 mil, comenta Ribamar Mateus, da empresa imobiliária JRM. "O pagamento pode ser dividido em três vezes num prazo de dois anos", diz o consultor, nascido em Uruçuí. Segundo ele, o preço da terra no sul do Piauí já foi bem mais barato, quase de graça. "Tem muita gente que comprou fazendas aqui pelo preço de uma carteira de cigarro (o hectare)", lembra.
 O crescimento da agricultura e o seu reflexo na economia do Estado foi descrito em recente relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que pôs o Piauí na liderança dos Estados com maior crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) em 2008. A expansão foi de 8,8%, acima da média nacional de 5,2%. Boa parte do desempenho se deveu aos resultados positivos da agricultura, cuja participação na produção nacional quase dobrou - de 0,6% para 1,1%.De olho nesse potencial, vários investidores - muitos estrangeiros - estão desembarcando na região. Segundo dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), nos últimos três anos, a venda de terras no Piauí para estrangeiros cresceu 138% (de 24.619 para 58.700 hectares) - quinto maior vendedor do País. O grupo argentino Los Grobo foi um dos primeiros a chegar por lá. A americana Bunge também demarcou território e construiu uma unidade de processamento de soja em Uruçuí. Agora quem está de olho nas terras piauienses são os chineses, que andam sondando oportunidades.
 Brasileiros. Mas, apesar do interesse estrangeiro, são os brasileiros que estão desbravando o Piauí. A maioria tentou a sorte no Centro-Oeste antes de se aventurar por terras nordestinas. Um deles é o paranaense Altair Fianco, filho de agricultor familiar, natural de Pato Branco. Depois de uma breve passagem por São Gabriel do Oeste (MS), onde plantou soja em área arrendada, ele partiu para o Piauí. Em 1989, desembarcou em Uruçuí com a mulher e dois filhos. Comprou 9 mil hectares e montou sua fazenda de soja e milho.
 Hoje Fianco tem 1.700 hectares de área plantada, mas a intenção é atingir 5 mil hectares nos próximos anos. "Procuro não me endividar. Prefiro fazer tudo aos poucos, de acordo com as minhas condições." O fazendeiro garante que a produtividade das terras do Piauí já não perde em nada para as plantações de Mato Grosso e Paraná. "Hoje consigo tirar 60 sacas de soja por hectare. No caso do milho, consegue-se até 150 sacas", comemora ele, que recebeu, em 2010, o título de cidadão piauiense. (informações Estadão).

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