Sonho da casa própria pode ficar mais difícil este ano
A previsão é que em 2011 as condições e prazos de financiamentos não sejam tão atraentes.
"Quem casa, quer casa". É por isso que a veterinária Geysa Negreiros, de 24 anos, já sabe: antes de casar tem que financiar um imóvel. Porém, segundo ela, não está nada fácil encontrar um imóvel que financiado se adéque às suas finanças e do seu noivo. "Está muito complicado porque a gente não consegue achar dentro das nossas possibilidades financeiras, além dos juros serem altos", comentou.
A previsão é que este ano os prazos e condições para financiamento de imóveis não devem ser tão atraentes como se viu em 2010. Por isso, quem pensa em adquirir um imóvel, deve se preparar para preços elevados no ano que se inicia. Além das medidas de contenção de crédito anunciadas pelo Governo Federal, o possível aumento da taxa básica de juros (Selic) em 2011.
Segundo a análise do economista Adriano Lima, espera- se que a taxa Selic chegue a 12,25% (ao ano), no final deste ano. Atualmente, o percentual é de 10,75%. "Esse aumento causará elevação da taxa de juros do Crédito Direto ao Consumidor (CDC) e, portanto, aumentará os juros para financiamentos", explicou.
Para ele, é preciso pensar nas condições de pagamento. Como, em geral, os financiamentos habitacionais são longos, a tranquilidade de fazer um bom negócio vai depender do momento de assinatura do contrato. Desta maneira, esmiúce bem o documento de financiamento, se informando sobre as correções das parcelas que pagará durante e após a obra.
"Se o contrato está assinado, a construtora não pode pedir mais pelo imóvel depois da obra concluída", alerta. Por sua vez, o presidente do Conselho Estadual de Corretores de Imóveis, Batista Paz, vê um cenário mais otimista: "Os imóveis estão mais caros, mas há uma série de lançamentos previstos para 2011, o que pode ser interessante para quem quer comprar a casa própria ou um apartamento", disse.
Além disso, ele pontuou que este mês a procura por imóveis permanece intensa, já que hoje as facilidades de financiamento são maiores do que nos anos anteriores. "Não acredito que haja maiores dificuldades. Atualmente, o financiamento é rápido e as construtoras, assim como o Governo, têm priorizado essas facilidades para os consumidores. Para a aquisição de imóveis, o economista Adriano Lima, lembra a importância do planejamento financeiro, recomenda uma entrada entre 30 e 40% do valor total do bem, para diminuir o valor das prestações e não comprometendo mais de 20% da renda mensal com as parcelas.
"Isso é essencial para que a compra do imóvel seja possível e não prejudique as finanças pessoais", frisou. Com as despesas do casamento o engenheiro Jó Gomes de Oliveira, teve que adiar os planos de financiar uma casa. Segundo ele, a entrada para obter o financiamento do imóvel ficou acima do que era possível no seu orçamento.
"Ficava entre R$ 30 mil e 40 mil. E isso fica complicado para as nossas condições financeiras. Por isso, resolvemos priorizar mesmo o casamento e lua de mel. Vamos esperar um pouco agora para comprar a nossa casa", comentou.
fonte:portalodia
