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Revista traz imagens sobre a devastação ambiental no Piauí

A edição brasileira da revista americana Rolling Stone, com sede em São Paulo e circulação nacional, traz em sua edição de janeiro um grande ensaio fotográfico sobre a destruição do meio ambiente no Brasil. Das 7 imagens utilizadas pela matéria, 4 delas foram feitas no Piauí, pelo repórter e fotógrafo André Pessoa.


As imagens mostram a devastação da natureza em diversas regiões do Brasil, da Amazônia ao interior nordestino. A reportagem que é assinada pelo jornalista Maurício Monteiro Filho, traz o título: "Por Nossas Próprias Mãos", e mostra o vandalismo sofrido pela fauna e flora do país.


São imagens chocantes, publicadas em grande formato, de desmatamento, produção de carvão vegetal, queimadas, seca, transporte de madeira e outros crimes ambientais pelo Brasil afora.


Das 4 fotos que retratam o Piauí, duas delas foram feitas no Parque Nacional Serra da Capivara e mostram um gato-selvagem ameaçado de extinção e uma pintura pré-histórica que comprova o desaparecimento do veado-galheiro da caatinga.


As outras duas imagens mostram a catástrofe da falta d'água na zona rural do município de Guaribas, mesmo a cidade tendo sido escolhida como símbolo do programa Fome Zero, e as queimadas que se alastram pelo interior do Piauí sem o menor controle das autoridades ambientais.

"Nos últimos anos se tornou comum grandes veículos de comunicação do Brasil denunciarem o descaso com que o meio ambiente vem sendo gerenciado nos últimos 8 anos no Piauí", disse o ambientalista Francisco Soares, da Furpa.


VEJA ABAIXO A MATÉRIA COMPLETA E FOTOS


Por Nossas Próprias Mãos
O vandalismo sofrido pela fauna e flora brasileira não deixa dúvidas: a maior ameaça ao homem ainda é o próprio homem

Em 2002, a convenção mundial da ONU, ratificada por governos e lideranças de todo o planeta, estabeleceu o compromisso de reduzir a perda de biodiversidade até 2010. Estamos, portanto, no limite desse prazo, que foi declarado pela ONU como Ano Internacional da Biodiversidade.

E a roleta russa que o progresso joga com o globo, depois de ter colcado em risco ou exterminado do mapa um número virtualmente incontável de espécies de plantas e animais, deixou uma só bala na agulha. Ela mira direto para a única dessas espécies dotada de telencéfalo altamente desenvolvido e polegar opositor, ou seja, a única capaz de raciocinar: o homem.

Segundo o professor Jean Paul Metzger, especialista em Ecologia de Paisagens do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, "a maior causa de extinção é a perda de habitat". E, em matéria de vandalizar a própria casa, nenhum animal irracional supera o ser humano.

Expansão de monoculturas, consumo desenfreado, manipulação genética, poluição e desperdício de água, desmatamento e, o grande vilão do momento, o aquecimento global, encabeçam a lista de ameaças criadas pelo homem contra o homem. Qual será o Ano Internacional da Irracionalidade?

Madeiras de sangue: Na rodovia que corta a Amazônia de leste a oeste, a Transamazônica, carretas transportam, dia e noite, o produto da espoliação da floresta mais biodiversa do planeta. Estima-se que 90% do volume de madeira comercializado no Brasil seja extraído ilegalmente de terras amazônicas.

Queda anunciada: O desaparecimento de uma castanheira como esta, tombada em Alta Floresta, norte do Mato Grosso, representa a morte simbólica de toda a Amazônia. Nem a proteção legal desde 1994 garantiu a imunidade desta espécie contra a voracidade das motosserras. Seu fruto é vítima da maior das ironias: conhecido no mundo como brazil nut (castanha-do-Brasil), tem como maior exportador a Bolívia.

Carvão sujo: Na substituição mais estúpida de que se tem notícia, as matas do Cerrado dão espaço a carvoarias, como esta, em Marcelândia (MT). O carvão vegetal produzido, muitas vezes com uso de mão-de-obra escrava e desmatamento ilegal, é o ponto de partida da cadeia produtiva do aço, que vai desembocar na indústria automotiva.

Estado de alerta: Gato mourisco (ou maracajá), espécie ameaçada, em um de seus habitats: a caatinga, único bioma exclusivamente brasileiro. Enquanto a Amazônia está sob os holofotes internacionais, ecossistemas menos vigiados perecem. A caatinga, exemplo desse descaso, já perdeu mais de 45% de sua cobertura original.

fonte: 180graus

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